segunda-feira, 24 de agosto de 2009

I'll get myself a car and drive it all alone...


E chega um dia em que voce diz pra si mesmo: nao da, nao aguento mais, chega!
E voce diz pro outro: nao da mais, nao aguento, basta!
E tudo se acaba.
Entretanto existem os dias que, dentro de voce, voce acha que nao da mais, que nao aguenta, que esta proximo o dia do basta; e voce nao sabe o que te prende, o que te faz ficar, o que nao te deixa mover. Voce nao enxerga a razao, nao decifra o sentido, mas sabe que eles existem.
E assim que eu me vejo quando me olho no espelho... as vezes nao me reconheco, as vezes ja nem me enxergo submersa em meus pensamentos/sentimentos, falta deles.
E entao quero pegar meu carro, dirigir sem rumo, pra qualquer caminho. Mas nao ha caminho quando se esta perdido... e ao mesmo tempo existem todos os caminhos quando se esta perdido. Qual e o caminho?
Nao existe o certo, nem o errado, nao ha atalho nem longos caminhos. Quando me vejo no meio de tudo isso, e percebo que estou no meio do nada, o horizonte parece tao longe, tao infinito e minha coragem se torna tao pequena, e me sento no meio do cruzamento de duas estradas e tudo o que peco e que escureca, embora tenha medo da escuridao.
E entao nao sei qual canto me sentar ao ver os farois dos carros se aproximando, e nao me deixar morrer. Ja nao posso pegar carona, ja nao sei onde esta meu carro. Ja nao sei quando vou conseguir voltar
...
Espero que em breve...

domingo, 9 de agosto de 2009

Como fica o que nao se pode comprar?

Nesse um ano de Estados Unidos, vivi e presenciei muitas coisas.
Devo admitir que ultimamente tenho me sentido incomodada com os Americanos. Sim, eu decidi vir pra ca por livre e espontanea vontade. Entretanto esse incomodo diz respeito especificamente aos Americanos que tenho conhecido na minha vida social noturna.
Que Americano mal sabe onde fica seu proprio umbigo, nao e novidade. Por isso escrever que eles nao sabem que o Brasil e o maior pais da America do Sul, que nosso idioma e o Portugues e nao o Espanhol, e que nao temos carnaval o ano todo, e que as mulheres nao saem nuas nas ruas, e que nosso 'principal' orcamento nao e proveniente de prostituicao, isso e redundancia. Me surpreendeu saber, outro dia, que alguns Americanos desconhecem o Hawaii como parte do territorio americano. Parece absurdo, mas nao tao absurdo pra quem convive com a populacao desse lugar, e tem um pouco de conhecimento sobre a cultura - ou falta de cultura - dela.
Por falar em cultura, Americano cultua o dinheiro. So o que falta pra completar o cumulo desse culto e eles passarem a mostrar o extrato bancario no primeiro encontro. Sim, eles sao extremamente ligados ao dinheiro. Fazem questao de comentar sobre o emprego, sobre o carro novo, a casa em reforma, sobre o barco recem trocado ou qualquer acontecimento da especie. Detalhe que tudo isso e revelado sem, ao menos, voce ter perguntado ou ter ideia da existencia de um desses itens. A exibicao chega a ser superior a capacidade da tela de um cinema. A futilidade e desprezivel.
Dia-a-dia vejo muitos homens bonitos, elegantes, sensuais e atraentes nesse pais. Mas apos todo esse tempo, so a beleza fisica nao e mais o bastante pra mim. A superficialiade bate recorde. Passei da fase onde o conteudo e dispensavel.
O engracado de tudo isso e que ouco alguns Americanos reclamarem das mulheres Americanas e do interesse por dinheiro. Mas de quem e a culpa? Os homens 'se poem na vitrine a venda' e as mulheres 'compram'. E literalmente a juncao do 'util ao agradavel'. Se o namorado nao presenteia com joias ou leva a restaurantes caros, nao e o suficiente para a mulher apresentar pra familia. Pra compensar esses pequenos regalos, as mulheres se matam na dieta e na manutencao do corpo perfeito porque serem lindas e gostosas e o que vai lhes conferir a senha de acesso aos cartoes de credito sem limite, futuras aplicacoes de botox, implantes de silicone e sessoes de lipoaspiracao. E mulher que quer ser madame, existe de monte aqui. Elas tem a chave e os homens aceitam de bracos abertos o cativo. Quando se veem estao presos. E os homens daqui gostam de ser dominados que so eles.

Como tudo, aqui tambem tem os dois lados. E a excecao tem me mostrado muitas mulheres inteligentes, homens que sabem mais dos Estados Unidos e do mundo do que eu poderia ter ouvido. Tive e tenho o prazer de conviver com pessoas que acham que o trabalho leva ao dinheiro, mas que o dinheiro nao e tudo. Conheco pessoas que se interessam por outras culturas, e que veem outros paises com respeito e admiracao. Prezam a boa alimentacao visando a saude saudavel e nao somente um corpo perfeito.
Porem para as Americanas comuns, ' beleza nao poe mesa', e elas, alem de 'nao querem comer no chao', ainda exigem talheres de prata...

A futilidade aqui e visivel, mas e parte da cultura. Minha opiniao nao vai fazer com que algo seja mudado, embora nao tenha a menor intencao ao escreve-la. Afinal, e ate interessante ver tudo isso e sentir certa repulsa. Isso significa que alguma coisa mudou em minha cabeca. Algo que faz parte da evolucao, da maturidade adquirida com o tempo.
Essa percepcao, por outro lado, me deixa curiosa... quanto tempo ainda os Americanos e Americanas pretendem cultivar seus vacuos dentro do cranio? Porque, segundo as minhas pesquisas, ainda nao foi aberto o comercio para venda de cerebro ou inteligencia... e tem coisas que o dinheiro nao compra. Pelo menos ainda nao...

domingo, 2 de agosto de 2009

Aventura


Eu nunca dirigi um caminhao.

Nunca tinha dirigido uma mini van.

Nasci sem saber dirigir um carro.


Aprendi a dirigir um carro por vontade.

Uma mini van por necessidade.

Talvez um dia a curiosiade me faca dirigir um caminhao.


Os riscos sao o que me fazem feliz, o que me tornam mais viva, o que me fazem rir ao final do dia.


Nao saberia viver se nao tivesse medo, se nao me sentisse insegura, se nao ficasse ansiosa.

O medo faz com que eu atrase minhas realizacoes. A inseguranca me faz duvidar de mim mesma. A ansiedade e o que me prova que cada espera me direciona a superar minha discredibilidade e fazer com que eu me arrisque.

Eu sou isso: um equilibrista na corda bamba, o motociclista do globo da morte, o aventureiro do bungy jump, o alvo do atirador de espadas, o alimentador de tubaroes.

A minha auto-confianca so e reafirmada se eu sei que vou ter que atravessar toda a corda sem cama elastica abaixo dos meus pes. Pensar na possibilidade de queda me torna mais consciente das minhas metas e mais realista em relacao as consequencias. Por isso cada passo e preciso. Entretanto nao posso perseguir uma meta se nao vejo emocao no percurso. Recompensa, pra mim, nao e somente chegar segura do outro lado. Pensar nisso me fez decidir pular de para-quedas...

Medo

O gato passa horas atento ao buraco do rato pra nao deixa-lo escapar a primeira oportunidade.
O rato sai. O gato o abocanha. Mas se me amedrontado e nao sabe o que fazer...
Nao o queria comer?
Qual a duvida?

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