Durante anos da minha vida, me lamentei, ‘estagnei’ a minha vida à idéia que havia amado, e que jamais amaria de novo tão intensamente, tão verdadeiramente, tão puramente. E sofri durante todo esse tempo por ter a certeza que jamais viveria esse amor com um outro alguém ou com esse mesmo alguém.
E durante todo esse tempo eu pensei em como poderia ter sido mais tolerante, mais maleável e mais permissiva. Pensei em como poderia ter sido menos autoritária, como não deveria ter cobrado tanto e como poderia ter sido mais flexível.
Durante todo esse tempo passei meus dias relembrando todos os planos que foram feitos para um futuro que se tornou inexistente.
Durante todo esse tempo eu escondi cada foto, cada bilhete. Tentei esconder cada memória com a intensão de não trazer à tona algo que me relembrasse momentos tão felizes que poderiam me fazer tão triste...
E foi então que eu descobri que cada lamento, cada minuto desperdiçado, cada bilhete escondido, cada tentativa de esquecimento não fizeram a menor diferença.
Descobri que se eu pudesse voltar no tempo, lembraria, olharia cada recordação, mas não desperdiçaria meu tempo tentando manter longe de mim e dentro do meu esquecimento algo tão óbvio: um amor que nunca existiu!
Descobri que seu pudesse resgatar esse tempo, o gastaria analisando o que eu realmente espero e desejo de um amor. Gastaria esse tempo sendo mais tolerante em relação à espera, mais maleável com meus sentimentos e mais permissiva com as oportunidades. Planejaria meus planos para o futuro. Um futuro que ainda está por vir.
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